terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A Crise e a Prevenção

Ao longo dos anos, tenho lidado com muitas crises. A maior parte delas acompanhadas de perto pelos Órgãos de Comunicação Social.
E posso garantir que as crises que surgem em empresas ou entidades que desenvolvem proactivamente uma estratégia de comunicação séria e eficaz conseguem resolver, com melhores resultados e em menos tempo, as suas crises.
Também é natural, as empresas cujas filosofias, missão objectivos e actividade são conhecidas dos jornalistas e em tempo de crise, não têm que convencer. Apenas informar.
Com as empresas (e gestores) que consideram a comunicação uma ferramenta mais ou menos dispensável, a história é outra.
A desconfiança entre as partes (empresa ou entidade em crise e os órgãos de comunicação social) é uma realidade capaz de criar uma crise na própria crise. O que invariavelmente acontece:
- A empresa considera que os jornalistas exageram a situação e raramente relatam exactamente o sucedido. O jornalista considera que a empresa limita os acessos á informação, aos locais e ás fontes de informação;
- As empresas acreditam que os jornalistas efectuam juízos de valor ou acusações que levam os leitores a retirar conclusões precipitadas e que são uma fonte de pressão e de injustiça. O jornalista acredita que a empresa não partilha com ele todos os factos. Que esconde a verdade ou parte dela;
- As empresas consideram que o jornalista procura notícias sensacionalistas, escreve o que bem lhe apetece e é incontrolável. O jornalista considera que a empresa procura minorar os impactos negativos desresponsabilizando-se.

A prevenção é mesmo a melhor resposta para a gestão de crise!

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