quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Porta Aberta para a Comunicação

Infelizmente, e porque há dias ‘para esquecer’, ontem não pude assistir, em directo, ao programa Janela Aberta, da RCP, cujo tema em debate era ‘O que fazem as Consultoras de Comunicação?’.

Acabei de ouvir atentamente o programa. Gostei muito. Não só pelo que se disse mas principalmente pela forma como Aurélio Gomes e Teresa Gonçalves abordaram o tema. Foi esclarecedor.

Acho que há muito tempo que não lia um artigo ou ouvia um programa sobre Consultoras de Comunicação em que a actividade que desenvolvemos fosse explicada.

Senti sempre que, a maior parte das críticas que nos são lançadas, provinham de quem não sabe nada sobre a actividade das Consultoras de Comunicação. E este panorama é possível pelo facto de o próprio mercado, durante muito tempo, não ter mostrado qualquer preocupação em explicar este que é um sector relativamente novo no nosso país.

Programas pedagógicos como o que acabei de ouvir são sempre bem-vindos. É bom que se entenda que a comunicação não é publicidade, que as consultoras não estão repletas de jornalistas mal sucedidos, que a consultoria de comunicação não se resume à assessoria mediática, que os maiores e melhores clientes não são os políticos, que as redacções não estão pejadas de jornalistas vendidos e principalmente, que os profissionais portugueses não são uns ‘curiosos’ da actividade.

Entretanto, parabéns à RCP pela seriedade com que abordou o tema e ao Salvador da Cunha e António Cunha Vaz que, nesta intervenção, representaram muito bem a classe.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Corrupção aumentou em 2008

O nível de corrupção em Portugal aumentou relativamente ao ano passado. Como noticia o Expresso on line, actualmente, existem 32 países menos corruptos que o nosso. E em 10 pontos possíveis a Transparency Internacional, responsável pelo Ranking da Corrupção, atribui-nos apenas 6,1.
Isto passa-se num país que critica fortemente a actividade de 'public affairs' e teme a palavra influência. Se fizermos o teste, os países que encabeçam esta lista são os que apresentam esta actividade mais desenvolvida. Porque será?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

As RP's e as marcas líderes (I)

Aqui ficam algumas notas sobre a comunicação de marcas líderes.



1. As RP's, mais que qualquer outra disciplina da comunicação, permitem ás marcas líderes criar e manter um posicionamento correcto e positivo condicionando a sua percepção e até influenciando-a ;

2. As empresas que lideram os mercados de grande consumo têm uma dupla responsabilidade: fazer crescer as vendas das suas marcas mas também fazer crescer o próprio mercado de forma a aumentar o potencial de quota. As RP’s são uma ferramenta indispensável na construção de campanhas pedagógicas que permitam o crescimento do mercado.


Só Deus pode tudo

Em todos os artigos de opinião, entrevistas e comentários que efectuei, em vários meios de Comunicação Social, ao longo da minha vida profissional procurei sempre, com humildade, elevar o mercado que integro. O que, confesso, me tem dado uma ‘trabalheira dos diabos’.

Fico estarrecida quando vejo que as entrevistas concedidas, nos últimos meses, pelos responsáveis das duas autoproclamadas ‘maiores’ agências de comunicação nacionais (Público -1) /(Meios & Publicidade - 2), são um desastre. Que ‘conselho em comunicação’ e que ‘media trainning’ podem estas agências oferecer aos seus clientes?

Será que o grande crescimento das suas agências lhes deixou pouco tempo para prepararem a sua própria estratégia de comunicação.

É que só se deixa entrevistar quem quer e… quem pode. E, não hajam confusões, só Deus pode tudo .

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desculpem o desabafo...

'Há mais de 11.000 crianças em Portugal institucionalizadas'.

Desculpem o desabafo mas esta notícia do Sol entristeceu-me. Ou melhor, indignou-me.

E mais chocada fiquei por saber que o tempo médio de permanência de cada uma destas crianças nos Centros de Acolhimento Intermédio (CAT) é, actualmente, de 1 a 3 anos, quando este período não deveria exceder os seis meses.

E porque é que isto acontece? Porque apesar de a Lei de Adopção ter sido alterada há 5 anos, o tempo de espera de pais que pretendem oferecer amor e um lar a crianças abandonadas ronda os 4/5 anos. (ver DN)

Como mãe e mulher não pude deixar de levantar um conjunto de questões:

Porque é que o Estado continua a proteger os pais biológicos em detrimento do bem-estar e felicidade dos filhos?

Porque é que a AR iniciou a 4º Sessão Legislativa com a lei do divórcio e não com uma discussão sobre a possibilidade de revisão da Lei da Adopção?

Porque é que se discute afincadamente os projectos de casamento entre homossexuais e não se discute uma revisão da Lei da Adopção? É que enquanto não se alterar a lei e os procedimentos administrativos inerentes aos processos de adopção a vida de todas estas crianças continuarão a prazo (eu diria mesmo a longo prazo).

Infelizmente só encontro uma resposta. As eleições são já em 2009 e as crianças não votam. Se votassem...


Redacções do DE e SE vão fundir-se

A notícia acaba de ser divulgada pelo Meios & Publicidade on line: A Económica acaba de fundir as redacções do Diário Económico e do Semanário Económico.

Era inevitável! E, se o Semanário Económico passar a sair ao sábado no âmbito de uma politica de complementaridade editorial ficam a ganhar a económica e...os leitores.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Recados...

As RP's assentam num princípio básico: a comunicação.

De uma forma voluntária ou involuntária, todos os dias as empresas comunicam mensagens a diferentes públicos projectando diferentes imagens.

Mais do que voluntária, a comunicação deve ser estruturada… controlando o que se comunica, como se comunica e a quem se comunica.

As Relações Públicas permitem fazê-lo, levando as mensagens aos públicos pretendidos, através dos canais adequados, para que estas sejam compreendidos na sua justa medida.

É preciso saber explicar, informar, persuadir. Numa palavra SABER COMUNICAR.

Alguém advinha para quem é o recado?




segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Crise Financeira Mundial

O jornalista do DN, Pedro Ferreira Esteves, escreveu um artigo muito útil para quem pretender compreender um pouco melhor os meandros da crise financeira mundial que já levou o quarto maior banco de investimento dos EUA - Lehman Brothers - à falência.

Este banco centenário, que sobreviveu a muitas crises, entre elas à ‘Grande Depressão’ de 1930, foi agora obrigado a ‘fechar as portas’ devido às perdas provocadas pela 'famigerada' crise de crédito hipotecário de alto risco, mais conhecida entre nós, como a crise de 'sub-prime' e à falta de capacidade para encontrar um investidor que sanasse o buraco financeiro em que tinha entrado.

Nesta altura, o que mais preocupa os agentes dos mercados financeiros mundiais é o facto desta falência poder criar um efeito 'bola de neve' e levar outras instituições financeiras à mesma situação do Lehman Brothers. O que faz todo o sentido já que, actualmente, com a globalização económica, os bancos e outras instituições financeiras, financiam-se entre si. A desgraça de um, traz consequências imediatas a outros (leia-se no Expresso on line, o que poderá acontecer, nos próximos dias, com a AIG, a maior seguradora do mundo).

Serão as perdas que a falência do Lehman Brothers trarão a outros ‘players’ do mercado financeiro mundial que ditarão, para já, o alcance desta crise.

Pelo sim pelo não, na Europa, o BCE de Trichet injectou, ontem, 70 mil milhões de euros no mercado monetário e o Banco de Inglaterra, 25 mil milhões.

Em Portugal, os Presidentes dos maiores bancos nacionais já informaram que este caso não lhes traz grandes prejuízos directos.

Aguardamos para ver...

As RP's na Blogosfera

Gostei de ver o novo blogue do meu colega e amigo Salvador da Cunha. O Food for Thought ,'que tornará públicas as reflexões' do Director Geral da Lift, irá 'engrossar' a minha lista de leituras diárias. Razão tem outra colega, a Alda Telles, Directora-Geral da Fonte: Como é que têm tempo? Pergunta... Vai-se arranjando!

PSD revê estratégia de comunicação

Segundo notícia publicada no Expresso deste fim-de-semana o PSD vai rever estratégia de comunicação do partido.
Parece que os comentários profissionais de alguns dos consultores de comunicação da nossa praça foram lidos e absorvidos. É bom que se entenda que os profissionais das agências de comunicação que ‘pululam’ na blogosfera, ao contrário do que dizem alguns, são apenas profissionais que escrevem do que sabem.

Quando escrevi isto estava consciente de que, num futuro próximo, a situação teria de mudar. Era insustentável manter uma estratégia de comunicação tão ruinosa. Confesso, no entanto, que não pensei que as mudanças se fizessem sentir tão cedo. E fico satisfeita que tal tenha acontecido, pois só vem reforçar o que há muito defendemos: É difícil um projecto vingar, por melhor que seja, sem uma boa estratégia de comunicação.

O PSD tem que rever urgentemente a estratégia de comunicação e aprender a gerir as expectativas dos públicos-alvo. A expectativa criada por uma notícia, de quase uma página, a anunciar uma revisão da estratégia de comunicação do PSD (tema que, a meu ver, nem sequer deveria ser alvo de notícia), no futuro, vai ser difícil de gerir.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Não deve ter percebido bem...

É interessante ver a sanha com que Manuela Ferreira Leite é atacada pelos donos e empregados das agências de comunicação que pululam nos blogues, muitas vezes sem se identificarem como tal. Compreende-se bem: para eles seria insuportável que um político obtivesse resultados sem a ajuda dos "profissionais" de comunicação. ‘ Abrupto

Esta profissional de comunicação que é, assumidamente, directora-geral e accionista de uma agência de comunicação e que nunca comentou na blogosfera os problemas de comunicação do PSD, suporta muitíssimo bem o facto de a Dra. Manuela Ferreira Leite poder vir a obter bons resultados na sua carreira política. Fica é algo incomodada com o facto do Dr. José Pacheco Pereira pensar que as consultoras de comunicação necessitam da comunicação política, em geral e da Dra. Manuela Ferreira Leite, em particular, para viver.

E já agora algumas notas desta profissional (se possível sem aspas já que os anos nesta actividades me permitem esta prorrogativa):

- O 'low profile' é muito diferente da ausência de comunicação voluntária(silêncio). E o silêncio pode criar na opinião pública percepções erradas. E quanto mais enraizadas estas estiverem mais difícil será modificá-las. O que é negativo.

- No caso do PSD, o silêncio da líder não só é negativo como perigoso. Há que ter em conta que ‘pululam’ no partido as fontes ‘não oficiais’ e os oradores avulso. São estes que preenchem o vazio do silêncio da Dra. Manuela Ferreira Leite. E são também estes personagens que fazem as ‘delicias’ dos Meios de Comunicação Social.

- Em comunicação, a criação de expectativa para um facto ou acontecimento não é negativo. Desde que este não defraude as expectativas dos públicos. O que quero dizer é que poder-se-ía ter utilizado o silêncio excessivo da líder do PSD para criar expectativa para o seu discurso, desde que este tivesse trazido algo de novo e tivesse impactado positivamente a opinião pública.

Já agora confesso que, pessoalmente, considero a Dra. Manuela Ferreira Leite uma mulher inteligente e corajosa. Tenho pena é que esteja mal assessorada.

PS. Esta ultima frase não tem como objectivo o ‘new business’.

Não entendem? Nós explicamos

Novo anúncio da Microsoft:

Artigo de Aarti Shah na PR Week.

Um bom exemplo do que as Relações Públicas podem oferecer num projecto de comunicação de marketing...é que quando a publicidade não é entendida são as relações públicas que esclarecem!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

As Agências de Comunicação e as Auto-estradas


Há uns meses li um artigo na 'Briefing' sobre agências de comunicação. Na altura, achei engraçada a forma como o jornalista André Macedo, na altura em funções no Diário Económico, via as agências : ' As agências de comunicação são como as auto-estradas, levam-nos mais rápido ao destino e não nos deixam ver a vista'.

Pensei, na altura, que esta comparação era inteligente e poderia ter incorporada alguma verdade já que:

1º Considero já não haver muitas dúvidas, de que o trabalho desenvolvido pelas agências de comunicação (falo das que considero mais profissionais), não só permite aos jornalistas obter uma maior rapidez nas respostas, como nalguns casos mais dificeis, a obtenção de respostas que, de outra forma, nunca lhes chegariam.

2º As respostas chegam aos jornalistas de uma forma estruturada e, nalguns casos, poderá não conter alguma da informação que estes pretenderiam. E isso é natural dado que a 'curiosidade' jornalistica nem sempre é proporcional á disponibilidade de informação dos nossos clientes.

Fiquei algo desapontada quando li, há uns dias, um post de André Macedo, no blogue de Luis Paixão Martins, a reconhecer que tinha errado quando efectuou esta comparação. E isto, depois de uma passagem relampago pela LPM.

Ainda assim desejo a melhor sorte para os futuros projectos jornalisticos de André Macedo